quarta-feira, 14 de março de 2012

As mulheres nas urnas

Aos noventa anos, a brasileira Rita Ribera entrou para a história como a primeira mulher da América do Sul a exercer o direito ao voto. Mas foi em um plebiscito, em julho de 1927, no Uruguai – primeiro país latino-americano a aprovar o voto feminino.
A Constituição de 1917 outorgou às mulheres uruguaias o direito ao sufrágio - mesmo ano em que as mulheres canadenses começaram a votar e três anos antes que as estadunidenses. O voto feminino no Uruguai só foi regulamentado em 1932, e as mulheres votaram na primeira eleição nacional em 1938. Mas, antes disso, o governo tinha convocado um plebiscito na localidade de Cerro Chato, que permitia a participação de "qualquer pessoa”. Rita Ribera, imigrante brasileira, e outras mulheres aproveitaram a oportunidade para fazer valer seus direitos.
Comparada a países vizinhos, a Argentina chegou tarde. O voto feminino, reivindicado desde 1919, só foi aprovado em 1947 – depois do Equador (1929), do Brasil (1932), do Chile (1934), da Bolívia (1938) e da Venezuela (1946).

Segundo Marco Terencio Varão, citado por Agostinho de Hipona, as mulheres da Ática tinham o direito ao voto na época do rei Cécrope I. Quando este rei fundou uma cidade, nela brotaram uma oliveira e uma fonte de água. O rei perguntou ao oráculo de Delfos o que isso queria dizer, e resposta é que a oliveira significava Minerva e a fonte de água Netuno, e que os cidadãos deveriam escolher entre os dois qual seria o nome da cidade. Todos os cidadãos foram convocados a votar, homens e mulheres; os homens votaram em Netuno, as mulheres em Minerva, e Minerva (em grego, Atena) venceu por um voto. Netuno ficou irritado, e atacou a cidade com as ondas. Para apaziguar o deus (que Agostinho chama de demônio), as mulheres de Atenas aceitaram três castigos: que elas perderiam o direito ao voto, que nenhum filho teria o nome da mãe e que ninguém as chamaria de atenienses.
Carlota Pereira de Queiroz  (São Paulo, 13 de fevereiro de 1892 — São Paulo, 14 de abril de 1982) foi uma médica, escritora, pedagoga e política brasileira. Foi a primeira mulher brasileira a votar e ser eleita deputada federal. Ela participou dos trabalhos na Assembléia Nacional Constituinte, entre 1934 e 1935.

Quando o Homem tocou o céu


O Everest é a montanha mais alta da Terra com 8848 metros de altura - o equivalente à altitude de cruzeiro de um boeing. O cume, localizado na cordilheira do Himalaia, possui 60 milhões de anos e foi identificado como teto do mundo pelo procurador-geral da Coroa Britânica na Índia Sir George Everest em 1856.

Criou-se então a aura de mistério em torno da montanha. Enquanto os nativos da região a encaravam como um lugar sagrado e, portanto, evitavam se aventurar em suas encostas, os ocidentais o olhavam como mais um ponto a ser conquistado. O primeiro homem a explorar o monte, cujo nome nativo é Sagarmatha (a deusa mãe da Terra), foi John Noel. No iníco da década de 20, ele fotografou o Himalaia com predileção por imagens do Everest.


Em 1921, um diplomata britânico conseguiu persuadiu o 13º Dalai Lama a permitir uma primeira expedição de reconhecimento do Everest. A equipa estava mal preparada, pois só havia treinado em montanhas européias com no máximo metade do tamanho de Sagarmatha. Dos nove alpinistas apenas seis chegaram à base da montanha.

Entre eles estava George Mallory, o homem que pode ter sido o primeiro a chegar ao topo do Everest. Fascinado pelo desafio de chegar ao teto do mundo, Mallory não desistiu e tentou chegar ao topo da montanha por mais três vezes. Ele acabou morrendo em sua última escalada, em 1924.
O corpo de Mallory permaneceu desaparecido até 2000, quando o alpinista Conrad Anker o encontrou a 240 metros de distância do topo. Ninguém sabe se ele morreu quando descia ou quando subia. Se a primeira hipótese for verdadeira a conquista do Everest pode ter acontecido 29 anos antes do que se pensava.

Mas sem provas não há façanha e a conquista do Everest só foi reconhecida no dia 29 de maio de 1953, quando o neozelandês Edmund Hillary e o sherpa nepalês Tenzing Norgay fizeram o topo. Desde esta data, cerca de 1,2 mil pessoas realizaram o feito e 175 morreram tentando atingir o pico do Everest.

“Sir Ed gostava de se descrever como um neozelandês médio com abilidades modestas. Na verdade, ele era um colosso”, disse a primeira-ministra do país, Helen Clark, ao anunciar a morte de Hillary. “Ele era uma figura heróica que não apenas ‘derrubou’ o Everest, mas viveu uma vida de determinação, humildade e generosidade.”

Humilde, Hillary devotou sua vida a ajudar a população que vive nas montanhas do Nepal, e ignorava em grande medida sua fama, pedindo para ser chamado de Ed.


Encontro

Hoje sou vontade
Quero saciar essa minha sede de loucura

Quero olhares proibidos
Encontros desmedidos
Sem preceitos e sem pudor Beijos insanos e toques profanos
Quero o que a vida tem de nu e cru


Minha alma é ardente e só se abranda ,
quando saciada a minha sede.