quinta-feira, 10 de maio de 2012

Salém - parte 1

A vila de Salém era um lugar triste e sombrio no fim do inverno de 1692. Entre as imensas florestas e o mar vasto e calmo, parecia que o mundo estava se fechando para os colonos puritanos que habitavam a área. Duas tribos de nativos norte-americanos lutavam entre si em um lugar próximo. A varíola  tinha começado a afetar a população de cerca de 500 pessoas. "Em 1692, era fácil acreditar que o diabo estava muito perto de Salém", escreve o historiador Dougla Linder. "Mortes repentinas e violentas ocupavam as mentes das pessoas".


A estrutura social também estava sob pressão. Três novas gerações haviam nascido na vila desde a chegada dos colonos originais, cada uma delas aparentemente mais afastada da devoção séria e religiosa ao código bíblico que havia guiado os puritanos da Europa para a imensidão norte-americana. O plano original dos puritanos de criar um novo Jardim do Éden parecia estar dando errado.
Em fevereiro de 1692, o diabo, que na imaginação dos puritanos se escondia em cada sombra de Salém, finalmente apareceu. Os aldeões lutaram de maneira violenta e desenfreada contra ele.
Nove meses mais tarde, 37 pessoas estariam mortas por causa dos julgamentos de bruxaria. Elas seriam mortas pelos próprios aldeões, pessoas com as quais haviam crescido, trabalhado e que as conheciam pessoalmente.



Os colonos no Novo Mundo haviam sido examinados em busca de sinais de bruxaria e isso não era necessariamente raro. Mas nunca um grupo havia se comprometido dessa maneira com o que parecia ser uma loucura.
Isso não significa que os aldeões de Salém estavam clinicamente loucos no inverno de 1692. É impossível fazer essa afirmação, mas historiadores procuram respostas para esse acontecimento desde que ele ocorreu. Em 1976, uma historiadora sugeriu que talvez um alucinógeno natural tenha sido a causa de um dos momentos mais tenebrosos da história norte-americana.

Alecrim & Carequinha

Quem teve a felicidade de ser menino em Belém no primeiro lustro dos anos 70, deve lembrar de dois palhaços que animavam as tardes da criançada com um programa de auditório Clube do Garoto - todo ele de crianças - exibido na TV Marajoara, que também retransmitia os programas da TV Tupi.

Alecrim era o protagonista da dupla e do programa, enquanto à Carequinha cabia desempenhar o papel de "escada" a ele. Recordo bem das suas enquetes com a meninada que era chamada a participar de alguma atividade: "É do Remo ou do Paysandú?"..."É do Clube do Remo!!!" ou "É do Paysandú!!!" e em seguida dizia, com voz anasalada e em falsete: "Ó secretária, traz aqui UM QUILO (!) de bombom aqui pro menino...". Devo dizer que, passados todos esses anos, desconfio seriamente da pesagem dos tais sacos de bombons...rss.



Nessa época (72/74) eu morava na Vila Sussú, que com as vilas Oliveira e Gualo, paralelas, formavam um trio harmonioso bem defronte da Faculdade de Enfermagem e do "Grupo" escolar Paulo Maranhão, onde eu estudava; sem esquecer do Cemitério de Santa Isabel onde cometi alguns pecadilhos, indulgenciados pela primeira comunhão.


Por uma feliz coincidência tive vários encontros com o saudoso Alecrim na vila em que eu morava, por ele ser pai do Ivo Amaral, (se a memória não me trai), que morava a duas casas da minha, e que era, e ainda é, respeitado cronista esportivo. Nos aniversários de seu neto, Alecrim e Carequinha abrilhantavam as festas na vila, sempre muito concorridas pelos residentes na área.


Esta postagem fica como justo tributo à essa dupla que povoou o imaginário de tantos hoje homens e mulheres feitos e já avós.








 Fotos: http://palhacoalecrim.blogspot.com.br/2011_01_01_archive.html