quarta-feira, 9 de maio de 2012

Gentileza, um profeta das ruas

Quem era o Profeta Gentileza? Um mendigo louco que vivia pelas ruas e dormia debaixo dos viadutos da Avenida Brasil, no Rio de Janeiro?  As mensagens eram místicas e iradas, moralistas, não raras vezes revelando um possesso, fazendo previsões apocalípticas, invocando deuses e demônios, mas de alma generosa. 

Via-o deambulando pela zona portuária da cidade, com um ar de auto-suficiência, no  início os anos 80 do século passado. Morreu em 1996 e sua obra, por pressão popular, foi preservada. Na exposição Obranome2 (que foi montada por Wagner Barja durante a I Bienal Internacional de Poesia de Brasília em 2008, depois levada para o Parque Lage, no Rio de Janeiro,em 2009, incluiu imagens das obras do Profeta Gentileza (apenas na versão carioca da mostra).

Localização das 103 pilastras do Profeta Urbano

As letras das mensagens são do “Profeta”, mas as figuras foram certamente agregadas por outro artista para completar o espaço da pilastra do Viaduto que margeia o cais do porto do Rio de Janeiro.

  

O nome dele era José Datrino, nascido em Cafelândia, interior de São Paulo e viveu no Rio como puxador de carreta de carreta. Teria ouvido uma faísca  que mudou seu pensamento e comportamento, chamando para uma vida espiritual e abandono dos bens materiais. Aí começa sua vida de dádiva e peregrinação pela rua. Recebeu atestado de sanidade mental depois de ser levado ao hospital psiquiátrico.







Fonte: http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_visual/profeta_gentileza.html