Ela me aparecia todas as tardes
Com margaridas nas mãos
E beijos sempre prontos
Sua risada
Era a música mais maravilhosa
Que se podia ouvir
Me inebriava ao ponto do esquecimento
De mim mesmo
E como tudo que dá prazer
Vicia
Lembrei Clarice:
Quis ter o que já tinha
Mas a moça das margaridas disse
Que seus beijos não eram meus
E sim pétalas de um amor que nunca lhe veio
Atiradas ao vento
No abismo da saudade de si mesma
E.J.
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